sábado, 19 de novembro de 2011

Projeto Nossa Comunidade


Projeto realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Francisco Cícero Sobrinho, pelos alunos do 9° ano do Ens. Fundamental no Núcleo III do ano de 2011. Abaixo verão algumas informações de nossa comunidade, como a história, a geografia, a economia, os aspectos sociais e culturais e a religião. Leia atentamente as informações que coletamos.

Obs: Dados de 2011.

Equipe Organizadora do Blog

História


O Perímetro Irrigado de São Gonçalo fica localizado ao sul do município de Sousa - PB. 
Sua construção foi iniciada a partir do ano de 1932 com a participação do então Presidente da República Getúlio Vargas, tendo como Governador Gratuliano da Costa Brito e o prefeito Antônio Pinto de Oliveira, com a coordenação da EFAT (Equipe de Fiscalização, Acompanhamento e Assessoria Técnica) com a participação do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra Secas). Isso porque São Gonçalo pertencia a uma área federal. E sempre foi Acampamento Federal do DNOCS.
Em face do processo de emancipação do perímetro em novembro de 1991, a EFAT/PB, teve seu primeiro coordenador: o Engº Francisco Mariano da Silva e, mais tarde, o Engº Arlindo Rodrigues dos Santos. E concluíram com a implantação do perímetro em 1972. Por um ato do Presidente da República Emílio Garrastazu Médici foi construído agrovilas (sítios) ao redor do perímetro denominadas Núcleo I Núcleo II e Núcleo III com a construção de casas, cuja finalidade é de fixar o homem no campo.
Havendo inscrições para vários trabalhadores, em seguida, tinha entrevista e de acordo com o depoimento de cada um, era escolhido ou premiado o lote e a casa pelo os responsáveis do DNOCS.

Em 1975, a maioria das residências do Núcleo III foram ocupadas pelos seus primeiros habitantes. Muitos deles ainda residem no núcleo e outros foram encontrar melhores condições em outras cidades.
Esse trabalho tem um objetivo de dá conhecimento ás autoridades que o empreendimento dessa natureza ainda é a solução de segurar o homem no campo, além de distribuir melhor a renda nacional.
Entrevistas realizadas com pessoas idosas de nossa comunidade constatamos que eles vieram mora aqui na década de 70 (1970 a 1975). Por ser um programa federal ele conseguiram seus lotes por meio de sorteios realizados através de inscrições realizadas no DNOCS. Antes da colonização a área do núcleo havia diferentes tipos de plantas, como juremas, arbustivas e cactáceas com plantações de algodão, banana e arroz, e milho.

Núcleo Habitacional III


Geografia


Por ser uma agrovila que faz parte da área do Perímetro Irrigado de São Gonçalo – Sousa PB. O Núcleo III está situado as margens do Rio Piranhas (com vegetação nas serras típicas da caatinga e a paisagem apresenta o verde da área agrícola distribuída por todo perímetro). Se limita ao norte com o Sítio Curral Velho; ao sul Sítio Matumbo; ao leste Sítio Matumbo de Baixo; e a oeste Sítio Volta da Caiçara. 
Rio Piranhas


 





Ponte do Núcleo III


O núcleo foi projetado com construções de casas e outros prédios padronizados até algum tempo atrás. Hoje já foram construídas dezenas de novas casas, algumas no mesmo estilo outras com padrão de construção diversificado, umas foram reformadas totalmente, enquanto outras continuam do mesmo estilo. Contamos também com a Escola de Ensino Fundamental Francisco Cícero Sobrinho, o Posto Médico e as Igrejas da comunidade.
A água utilizada pela população para consumo e irrigação dos lotes agrícolas do Núcleo III, vem do açude de São Gonçalo com capacidade de 44,6 milhões de m³ de água com dois drenos principais o Rio Piranhas com 13 km e o Rio Umari. A população do Núcleo III apresenta um total de 1.035 habitantes (censo 2011). A precipitação média anual do clima na região do Núcleo III gira em torno de 800 mm, com período chuvoso se estendendo de janeiro a maio. A temperatura média anual é de 27°C com uma mínima de 22°C e uma máxima de 38°C. A evaporação média anual é de 3.056,6 mm. 






Açude de São Gonçalo

O clima na região é do tipo BSH da classificação de kappen, semiárido quente. A vegetação predominante no Núcleo III é a caatinga, e seus arbustos e plantas são adaptadas a escassez de água na região . Algumas por exemplo, possuem um tecido que reveste suas folhas e dificulta a perda de água na região. Outras têm folhas grossas, às vezes em forma de espinhos. Em certas áreas do Núcleo III predominam as formações arbustivas , em outras predominam os cactos. Como o clima na região da caatinga varia entre épocas quentes e secas e épocas quentes e úmidas. Na época da seca as folhas das árvores caem. O relevo varia de plano a suave ondulado com planícies. No Núcleo III temos os recurso natural renovável que é a água, a vegetação e o solo, não dispõe de recursos não renováveis.












Vegetação típica do Núcleo III



Os principais problemas ambientais existentes no Núcleo III são: o desmatamento, a poluição do solo, queimadas, falta de saneamento básico, a falta de coleta e reciclagem do lixo e a falta de água potável para o consumo da comunidade.

Causas do desmatamento: A extração ilegal da madeira, a expansão das fronteiras agrícolas, a pecuária não sustentável. 
Consequências: A elevação da temperatura, atividade agropecuária e a compactação da camada superficial do solo pelo uso de máquinas pesadas e pelo pesoteamento do gado o que impede a boa absolvição de água e dos nutrientes.
Possíveis soluções replantação das áreas afetadas pelo desmatamento, mais fiscalização por parte do IBAMA , ajudar na sua preservação .
O acúmulo de lixo sólido, como embalagens de plástico, papel, metal, e produtos químicos como, fertilizantes, pesticidas e herbicidas.
Consequências: processo de desertificação do solo.
Possíveis soluções: a melhor forma de amenizar o problema é investir nos processo de reciclagem e também no uso de matérias biodegradáveis ou não descartáveis.
Causas das queimadas: A falta de chuvas, temperaturas mais elevadas e baixa umidade relativa do ar.
Consequências: Contribuiu para o aquecimento global e as alterações climáticas, o fogo elimina nutrientes microorganismo insetos e resíduos vegetais deixando o solo descoberto e sujeito a erosão.

Possíveis soluções: conscientização dos donos das propriedades em que pode ocorrer o ato das queimadas, as autoridades investirem em vigilância nas propriedades que possam ocorrer as queimadas.

Causas da falta de saneamento básico: A falta de infraestrutura dos moradores, a rede coletora de esgoto precário.

Consequências: Poluição ambiental, contaminação da água, risco a saúde da população. 

Possíveis soluções: a implantação de um serviço de tratamento de esgoto, limpeza pública.

Causas da falta e coleta e reciclagem do lixo: A falta de conscientização da população na separação do lixo, e a falta de usinas de reciclagem na comunidade.
Consequências: Pode contaminar as águas superficiais e subterrâneas pela infiltração do chorume, líquido resultante da decomposição de matérias orgânicas (restos de alimentos, papel etc.). Além disso, favoreceu a proliferação de moscas e outros insetos, que podem transmitir doenças à população.
Possíveis soluções: 
*Aterro controlado: o lixo e coberto com uma camada de terra.
*Aterro sanitário: redução do volume e da área e cobertura diária com camada de terra, evitando danos a saúde e diminuindo os impactos ambientais.
*Usina de compostagem: transformação do lixo em composto orgânico para uso agrícola. 
*Usina de reciclagem: os diferentes materiais: (vidros, plásticos, papeis e metais) são separados e recuperados para reutilização.
Causas da falta de água potável para o consumo das famílias: A estação de tratamento – DAESA – não dispõe para a comunidade a quantidade necessária para o consumo das famílias.
Consequências: Falta de água potável para as famílias consumirem, ocasionando sérios problemas de saúde, bem como dificulta o funcionamento da escola, do Posto de Saúde, entre outros.
Possíveis soluções: 
• Regularização do DAESA do fornecimento de água;
• Conscientização das pessoas para o consumo correto da água sem desperdícios;

• Retirada de todos os desvios de água que dificulta que a água chega até as residências;
• Mobilização da comunidade para solicitar dos “governantes” e Órgãos Públicos, soluções para este problema;


Economia

A pecuária extensiva e a agricultura comercial de frutas, milho, feijão, arroz são as principais atividades econômicas do núcleo a maioria da população rural vive da agricultura e da pecuária de subsistência.

O núcleo III é uma área irrigada que se destacam na produção que atende os mercados internos e externo de fruticultura como: o coco, a banana, acerola, goiaba, maracujá, mamão (agricultura permanente) e milho, arroz, feijão, tomate, melancia, abobora (agricultura temporárias).
Os órgãos de apoio as família do Núcleo III são: DNOCS, JUSG, CAMISG, EMEPA, COMECA e Associação Comunitárias locais.
O DNOCS é um órgão criado pelo presidente Nilo Peçanha, através do Decreto n°7.619 de Outubro de 1909, com o nome de Inspectoria de Obras Contra as Secas- IOCS e,transformado,em 1919,em Inspectoria Federal de Obras Contra as Secas-IFOCS e,em 1945,Departamento Nacional de Obras Contra as Secas.Ate 1959 foi a única Agencia do Governo Federal executora de obras de engenharia na região, como construção de açudes,estradas,pontes,portos,ferrovias,hospitais e campos de pouso,implantou redes de energia elétrica e telegráficos,usinas hidrelétricas foi responsável por socorrer as populações de flagelados ate o surgimento da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste-SUDENE.
Criados pelo DNOCS a partir da década de 1970, os perímetros públicos de irrigação constituem pólos de desenvolvimento regional, que surgiram com o objetivo de promove no Nordeste o aumento de produção agropecuária e da produtividade, a elevação do nível de renda media da população rural, a fixação do homem ao campo e a diminuir os efeitos das Secas. EMEPA: (Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba) que tem sua coordenadoria regional em Patos. A EMEPA trabalha em pesquisa sobre fruticultura, seleção de sementes e beneficiamento.
EMBRAPA: (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) que desenvolveu há algum tempo, pesquisas importantes na cultura do arroz em solos salinizados do perímetro.
A verdadeira historia dos produtos de São Gonçalo está na Cooperativa Agrícola Mista dos Irrigantes de São Gonçalo-CAMISG, que foi o carro chefe dos negócios do irrigante, dando a importância do suor derramado pelo trabalhador do campo.

Como a CAMISG, a COMECA Cooperativa Mista dos Empresários em Ciências Agrárias, teve um plano de trabalho traçado semelhantemente, com o Governo Federal,seja na preparação do solo,maquinas agrícolas, convênios, entre outros, sempre em consonância com os interesses dessas atividades. Para que tenhamos melhor idéia, ambas as cooperativas usavam tecnologia de ponta na orientação ou execução dos seus serviços, fossem eles no combate as pragas, preparo do solo, criação bovina, colheita e a parte administrativa.
Com sede no núcleo III há outras associações que orienta as famílias. ”Associação de trabalhadores e trabalhadoras rurais - Núcleo III, que foi criada em 03 de março de 2010, e conta com 30 sócios.
Associação desenvolve atividades como: a compra direta fome zero, objetivo ajudar trabalhadores e as escolas. Hoje sua presidente é Raimunda Viera Lins e a vice Edilva Vieira Lins.

Aspectos Sociais e Culturais


Nas formas de lazer podemos citar aspectos do nosso dia-a-dia como: assistir televisão, jogar bola, ir para igreja, lan house, freqüentar bares, fazer caminhadas, ir a festas religiosas etc.




Na educação, a comunidade dispõe de uma escola denominada, de Escola Estadual de Ensino Fundamental Francisco Cícero Sobrinho, na qual comporta em seu funcionamento o ensino fundamental do 1º ao 9º ano, sendo que do 6º ao 9º ano passou a funcionar em 1998, sendo contemplada com ingresso da EJA (Educação de Jovens e Adultos) 1ª e 2ª fase em 2003 e em 2007 passou a funcionar o EJA médio.



O esporte mais praticado na comunidade é o futebol. Devido ao amor pelo esporte, fundou-se o Boca Junior em 07∕ 07 ∕ 09, cujo mesmo disputa uma Liga, a LSF (Liga Sousense de Futebol). Buscando informações sobre a liga com o técnico do time, obtive algumas, tais como: para entrar na Liga tem que registrar o time e depois tirar o NPG para se afiliar a liga.

Na atualidade o time comporta em seu elenco, 25 jogadores que disputa a 2 divisão do campeonato.



O atendimento médico na nossa comunidade é feita no posto médico PSF XXV que fica neste local, cuja equipe médica é formada pelo médico Dr. Antonio Eneas de Brito, a enfermeira chefe Lidiane Fabia L.S. Brito, as técnicas de enfermagem Maria de Fátima Moreira, o odontólogo Dr. Gefran da Silva Lacerda e atendente de odontólogo, Francisca de Avelino, e os quatro agentes de saúde: Maria Carmeulinda Gomes, Francisco de Assis Lopes, Angelita Tomaz da Silva, Maria dos Remédios Lima e a diretora Francinete Vieira da Silva .

O atendimento nessa unidade de saúde acontece de segunda a quinta-feira com a presença da equipe, na sexta-feira com a técnica de enfermagem plantonista Agricia Pereira de Sousa.
As doenças mais frequentes são: gripe, virose, diarréia, hipertensão, problemas cardíacos e diabetes.
O atendimento médico as pessoas é favorável e feito com competência e responsabilidade.
















As festas tradicionais da nossa comunidade, realizadas durante o ano é a festa da padroeira, festa junina, festa do coco, festa da independência, festa do dia dos pais e festa do dia das mães. As danças são: a quadrilha e o forró. Os estilos de músicas preferidos são: romântica, sertaneja, forró, axé e hip hop. E as comidas típicas: pamonha, canjica, o bolo de milho, tapioca, cocada e o pé-de-moleque.